História de Amesterdão

História

A História de Amesterdão é muito interessante de se conhecer. Tudo começou à volta do rio Amstel, o principal rio não só de Amesterdão, como também dos Países Baixos. A sua importância foi (e é) tão grande que acabou mesmo por determinar o nome da capital e todo o rumo da sua história.

No século XIII um grupo de pescadores e mercadores que viviam nas margens do rio Amstel, decidiu construir um dique (dam) sobre o rio, na zona onde este desagua no golfo Zuider Zee. O objetivo era manter a terra seca, protegendo-a do avanço das águas do mar do Norte. Foi desta forma que nasceu Amsteldam, que mais tarde viria a ter o nome de Amsterdam (Amesterdão em português).

Nos dois séculos seguintes o porto de Amesterdão desenvolveu-se muito rapidamente, à volta desta nova zona de terra seca, livre de inundações. Agora sim existiam condições propícias à pesca e comércio.

História de Amesterdão

História de Amesterdão


Liga Hanseática


Paralelamente a esse desenvolvimento, existia na época a chamada Liga Hanseática, uma organização comercial, económica e política que foi criada entre as cidades mercantis localizadas maioritariamente no norte da Europa, próximas ao mar do Norte e ao mar Báltico. No ano de 1358, Amesterdão juntou-se a esta organização, afirmando-se como um centro comercial relevante na Europa.

Desta forma, Amesterdão foi-se desenvolvendo e crescendo, roubando terreno à água. O seu sistema de rede de canais foi ficando cada vez mais elaborado, com a criação de sucessivos anéis geométricos. Os comerciantes mais ricos passaram a estabelecer-se em bonitas casas junto à água. Casas essas que foram construídas sobre enormes estacas de madeira, que ainda hoje por lá continuam.


Golden Age


Entretanto o calvinismo, um movimento religioso, tinha-se tornado influente nos Países Baixos, o que foi um fator de extrema importância para a existência de vários períodos de conflito. Desta época de tensão resultou a soberania da República Holandesa das Províncias Unidas e também um desenvolvimento económico incrível de cidades como Amesterdão. Foi este o auge comercial desta região, a sua época dourada (Golden Age). Amesterdão era um dos mais importantes portos mundiais, possuindo um tráfico colonial em vários locais do mundo como Ásia, África ou América.

Nesta época de muito dinheiro e prestígio, foram construídos os principais edifícios que vemos atualmente na cidade, como é o caso da praça Dam, a mais importante da cidade e onde todos rumam, quer sejam turistas ou habitantes locais. Além de belíssimos edifícios foi também aperfeiçoado o famoso sistema de anéis de canais. Era preciso ganhar terra ao mar e expandir a cidade que já existia. E isto foi realizado de forma brilhante, revelando um enorme conhecimento de engenharia hidráulica.

Na Golden Age face às prósperas condições económicas e à relativa tolerância social e intelectual que existia, rumou a Amesterdão uma importante comunidade judaica, assim como vários artistas, cientistas e artesãos, tais como o pintor Rembrandt ou o filósofo Descartes, o que contribuiu imenso para o seu desenvolvimento.


Uma nova Golden Age


Esse longo período de prosperidade chegou ao fim, à medida que Amesterdão foi perdendo poder económico e político, o controle das suas colónias e se viu envolvido em conflitos com países vizinhos. Mas tudo na história é normalmente definido por ciclos, e também se verificou na evolução de Amesterdão. Quando esse período conturbado terminou, após uma forte recessão económica, a cidade conseguiu recuperar e entrar numa nova Era Dourada, muito pela Revolução Industrial.


II Guerra Mundial


Mais recentemente, já no século passado, a história de Amesterdão ficou marcada pela II Guerra Mundial, com a ocupação da cidade pelas tropas nazis e a perseguição aos habitantes judeus. Mas a cidade recuperou e hoje em dia é um importante centro financeiro, industrial e turístico dos Países Baixos.




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